Se estás com dúvidas, lê o depoimento da nossa caloirinha "Cristal" sobre a sua experiência e a mudança que a entrada na tuna trouxe à sua vida!
"Quando terminamos o
secundário, aproxima-se aquela fase do “terror”. Escolher o curso dos nossos
sonhos ou o curso que nos dará mais oportunidades. Escolha feita, está na hora
de fazer as malas e rumar a uma nova cidade, viver numa nova casa e sem dúvida definir
a nossa vida e os nossos caminhos.
E foi mesmo assim!
O curso estava bem definido, desde que me lembro de ser gente, a cidade não.
Nunca Vila Real, aquele fim do mundo rodeado de monte e animais que interrompem
o trânsito. É claro que tudo isto era pura ignorância!!
Mas há mais! Também
estava definido que, para qualquer cidade que eu fosse, eu iria fazer parte da
Tuna. Idealizava uma tuna feminina!
E assim fui, após uma pesquisa aprofundada
sobre o caso, surgiu a melhor tuna de Vila Real e arredores, a VIBRATUNA. Para
além de achar o nome muito interessante e de já possuir este bichinho por tunas
há muitos anos, talvez por influência de uma irmã com histórias e vivências muito
fascinantes, a ideia de procurar a tuna nunca desapareceu.
Comecei a ir aos
ensaios, a observar tudo e todas e a ficar cada vez mais fascinada com a
Vibratuna. Com o tempo, este fascínio tornou-se muito mais especial.
Nuns
primeiros tempos, ouvia as miúdas a falarem sobre a tuna e ainda não me
conseguia identificar totalmente com o que elas diziam, mas passado algum tempo
e depois de ter as primeiras atuações e as primeiras festas, fiquei a perceber
perfeitamente o que elas manifestavam!
Vejo a tuna como uma
família, a família mais divertida que alguém pode ter. Gente de norte a sul de
Portugal e ilhas, gente com mais anos de que eu, mas com um espírito e com uma
alma tão jovem como a minha. Gente que vive da música, que vive com a música,
que sente a musica e sem dúvida que vibra com a música. Gente que dá o máximo
para que a tuna seja a melhor, gente com dedicação ao mais alto nível, gente
que apesar de toda a vida pessoal e profissional não abdica de um bom festival,
de uma boa bebedeira e de um bom bate soca pela noite dentro. Gente que não é
só gente, uma cambada de ratinhas que para além de se divertirem, divertem os
outros.
Quando se faz parte
de uma “atividade extracurricular” como esta, não é só pelo facto de saber
cantar ou tocar um instrumento, torna-se muito mais único do que isso. Acaba
por ser um aglomerado de sentimentos quando se pisa um palco, quando se faz uma
serenata, quando se espalha magia pelas ruas, quando se "enche escalas", quando
se brinda “aos puzzles, aos legos, aos cavalos, aos homens e a tudo o que a
gente monta”, quando somos a única tuna a arrasar nas pistas de dança, quando
somos a tuna mais original em termos de traje e quando até as nossas cores
demonstram perfeitamente o que nós somos!
Procura-se uma
Tuna, para cantar, tocar, conviver, distrair e abstrair, beber uns copos, ser
feliz, espalhar alegria, e para criar laços de amizade que jamais se irão
quebrar. Procura-se uma tuna para criar histórias, para fazer história e para
daqui a uns valentes anos recordar essas mesmas histórias. Porque, um curso terá
o seu fim, mas a Tuna será para sempre."
-Roedora Cristal (Cristiana Armada, 2ºano Ciências da Comunicação)
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